Se tem uma coisa que tira qualquer pai ou mãe do sério, é ver seu filho sendo sacaneado por colegas ou amigos maiores ou mais espertos.

O Bullying é um
processo de abuso e intimidação sistemática de uma criança sobre outra,
normalmente apoiada por um grupo, geralmente no âmbito escolar, mas acontecendo
também na rua, no bairro, no âmbito social, e cujas consequências podem ser
devastadoras se não forem detectadas e trabalhadas a tempo. Bullying, mais
especificamente, ficou como sendo uma característica das influências da
violência e imposição injusta e cruel de algumas crianças e jovens, sobre
outros menos afortunados de estrutura corporal, ou, dotados de uma influência
educacional familiar adequada para um bom comportamento e relacionamento
correto, virando vítimas daqueles dotados do dom de praticarem atos de
covardia.
Numa visão mais transparente e clara desse
problema aqui dentre nós, o que existe é que algumas crianças/jovens de uma
índole mal conseguem atrair e formar grupos, os quais os lideram, e tiram
proveito deles forjando atos covardes contras aquelas crianças/jovens que por
sua boa índole, são mais quietos, tímidos, retraídos e que por forças das
circunstâncias, não são sociáveis aos grupos que visam promover atos que levam
à violência, preferindo ficar sozinhos, ou com apenas um ou dois colegas.
Analisando, talvez seja seu filho uma criança que se enquadra no grupo das
crianças de boa índole, e que pode sim, ser vítima desse comportamento
inconsciente, podendo estar sendo massacrado pelas imposições que limitam seu
espaço, suas atitudes e a própria expansão de seus conhecimentos,
transformando-o numa criança/jovem mais retraída ainda, que, pelo seu jeito,
sofra silenciosamente, com seus queixumes e choramingados ecoados somente entre
as quatro paredes de seu quarto, com temor até mesmo de relatar o problema aos
pais.
É aí que entra a importante participação dos
pais, que devem conhecer seu filho em todos aspectos, como também em todos
âmbitos e ambientes que ele frequenta, suas amizades, seus relacionamentos,
costumes e feições, muito representativas numa apuração de anormalidades em
suas vidas. Tudo isso que estamos presenciando neste início de século decorre
de uma questão evidente, declarada e instalada na sociedade contemporânea, que
é o caos implantado pela indisciplina juvenil, associada a problemas e
conflitos que deixam os jovens estressados e intensamente desestabilizados,
propensos a praticar a violência com serenidade e inculpa. É que a sociedade
atual cria seus jovens sem lhes cobrar de forma firme, o respeito pelos limites
sociais.
Já passou da hora dos
adultos investirem esforços no debate e investigação desse trágico problema que
está presente em todos ambientes, necessitando de uma reflexão ampla sobre seu
processo gerador, sua instalação de forma tão facilitada e suas cruéis consequências,
devastadoras particularidades que deformam e detonam o conceito de sociedade. O
assunto e o problema devem ser tratados sem ponderações e numa dimensão
preventiva suficiente para conter essa tal indisciplina que em ritmo acelerado,
vem se tornando “bandeira” para os jovens. E agora eles, com uma nova
nomenclatura para o bullying, dizem que estão só “zuando”, e se desculpam sem
remorso dizendo: “foi mal”. E simplesmente acham que assim fazendo, está tudo
bem.