A Sociedade dos Jovens

A Sociedade dos Jovens

Cuidados especiais com os filhos



Se tem uma coisa que tira qualquer pai ou mãe do sério, é ver seu filho sendo sacaneado por colegas ou amigos maiores ou mais espertos.



            Existe uma coisa que não acontece somente na escola, durante o período letivo, mas também durante os períodos em que os jovens/crianças permanecem em casa ou na rua de sua casa. Trata-se do que chamam de “Bullying”, que numa tradução mais clássica significa Tirano, mas que na verdade significa para nós uma onda de violência que todos os dias, de maneira invisível e silenciosa, interfere de forma cruel na vida de muitas crianças, de jovens, tanto na Europa, Estados Unidos, no Brasil ou em Lavras.

O Bullying é um processo de abuso e intimidação sistemática de uma criança sobre outra, normalmente apoiada por um grupo, geralmente no âmbito escolar, mas acontecendo também na rua, no bairro, no âmbito social, e cujas consequências podem ser devastadoras se não forem detectadas e trabalhadas a tempo. Bullying, mais especificamente, ficou como sendo uma característica das influências da violência e imposição injusta e cruel de algumas crianças e jovens, sobre outros menos afortunados de estrutura corporal, ou, dotados de uma influência educacional familiar adequada para um bom comportamento e relacionamento correto, virando vítimas daqueles dotados do dom de praticarem atos de covardia.

Numa visão mais transparente e clara desse problema aqui dentre nós, o que existe é que algumas crianças/jovens de uma índole mal conseguem atrair e formar grupos, os quais os lideram, e tiram proveito deles forjando atos covardes contras aquelas crianças/jovens que por sua boa índole, são mais quietos, tímidos, retraídos e que por forças das circunstâncias, não são sociáveis aos grupos que visam promover atos que levam à violência, preferindo ficar sozinhos, ou com apenas um ou dois colegas. Analisando, talvez seja seu filho uma criança que se enquadra no grupo das crianças de boa índole, e que pode sim, ser vítima desse comportamento inconsciente, podendo estar sendo massacrado pelas imposições que limitam seu espaço, suas atitudes e a própria expansão de seus conhecimentos, transformando-o numa criança/jovem mais retraída ainda, que, pelo seu jeito, sofra silenciosamente, com seus queixumes e choramingados ecoados somente entre as quatro paredes de seu quarto, com temor até mesmo de relatar o problema aos pais.

É aí que entra a importante participação dos pais, que devem conhecer seu filho em todos aspectos, como também em todos âmbitos e ambientes que ele frequenta, suas amizades, seus relacionamentos, costumes e feições, muito representativas numa apuração de anormalidades em suas vidas. Tudo isso que estamos presenciando neste início de século decorre de uma questão evidente, declarada e instalada na sociedade contemporânea, que é o caos implantado pela indisciplina juvenil, associada a problemas e conflitos que deixam os jovens estressados e intensamente desestabilizados, propensos a praticar a violência com serenidade e inculpa. É que a sociedade atual cria seus jovens sem lhes cobrar de forma firme, o respeito pelos limites sociais.

            Já passou da hora dos adultos investirem esforços no debate e investigação desse trágico problema que está presente em todos ambientes, necessitando de uma reflexão ampla sobre seu processo gerador, sua instalação de forma tão facilitada e suas cruéis consequências, devastadoras particularidades que deformam e detonam o conceito de sociedade. O assunto e o problema devem ser tratados sem ponderações e numa dimensão preventiva suficiente para conter essa tal indisciplina que em ritmo acelerado, vem se tornando “bandeira” para os jovens. E agora eles, com uma nova nomenclatura para o bullying, dizem que estão só “zuando”, e se desculpam sem remorso dizendo: “foi mal”. E simplesmente acham que assim fazendo, está tudo bem.

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