A Sociedade dos Jovens

A Sociedade dos Jovens
LIMITES DE TEMPO

Temos hoje um grande número de crianças e jovens que ficam, quase que todo seu tempo, com “tempo livre”, envolvidos com jogos, dos mais diversos tipos, incluindo os jogos de computador. Isso considerando que já temos grande número de famílias que possuem um computador em casa. A questão que colocamos, não é contra a inserção dos jogos computadorizados, que são, deverasmente, atrativos e interessantes, mas sim quanto à classificação desse chamado “tempo livre”.
Se formos levar em conta as considerações deles (crianças e jovens), todo o tempo que não estiverem na escola, será tempo livre, ou seja, tempo não livre é tão somente aquele que estão dentro da sala de aula, a partir do momento que entram e saem da escola.
Tomando como exemplo uma criança que estuda no período da manhã, podemos fazer uma retrospectiva assim: acordam às 6 horas, se preparam e vão para a escola. Lá pelas 11:30 horas chegam em casa (a partir daí já é tempo livre), ligam a televisão e são forçados a se levantarem do sofá para almoçar, o que fazem, em grande maioria das vezes, na própria sala da televisão. Após o almoço, já com alguns colegas chamando, tomam rumos diversos. Ou vão para a casa dos colegas, ou os colegas vêm para sua casa, para que possam jogar alguma coisa, se ocupando assim o resto do dia. Essas atividades costumam se estender até o período da noite.
Isso é errado? Eles não podem aproveitar o tempo livre? É claro que sim, e devem fazer isso, pois, é nessa fase da vida deles que poderão aproveitar esse tempo livre, para brincarem e distraírem sem nenhuma cobrança de trabalho. Mas há um entretanto, para o qual apresentamos uma argumentação viável, aceitável e inconteste, para conscientização dos responsáveis: dentro desse período que denominamos de “tempo livre”, há de se ter um recesso, um intervalo reservado para complementação do período escolar, ou seja, um tempo para que eles possam rever as matérias dadas em aula e fazerem seus deveres de casa, como exercícios, trabalhos e pesquisas, que sabemos, estão sendo bastante exigidos pelos professores. Não quer dizer que devemos fazer deles, escravos do relógio, mas é preciso reservar um tempo, dentro desse tempo livre, para as atividades complementares e culturais, vinculadas com sua preparação para a vida em comunidade.
Não é difício estabelecer essa flexibilização no horário das crianças e jovens, e é muita importância que seja implantada o mais cedo possível, pois, assim, esse procedimento de reservar um tempinho para estudar, virará rotina, se tornará um hábito e não será sofrível ou angustiante para eles. Criando o hábito, irão diariamente sem problemas, sentarem um pouco e reverem suas matérias e atividades extra-salas, além de ajudarem em algumas tarefas como arrumar suas camas e colocar as roupas nos devidos lugares.
É preciso também saber aproveitar o tempo livre, e precisamos convencê-los disso. Os adultos por acaso usam seu tempo livre exclusivamente para a ociosidade?
No caso dos adultos, passam a maior parte de seu tempo no ambiente de trabalho, e o pouco tempo que lhe sobra, gasta no relacionamento com a família. Ajudam em casa nas tarefas do lar, cuidando das plantas, ou mesmo colocando as coisas no lugar, em dia.
Sendo assim, não iremos preparar as crianças e jovens para um futuro diferente. No futuro deles, com certeza, irão ter o “tempo livre” bem menor que o dos adultos de hoje, e precisamos desde agora, colocar alguns limites, para que possam ser aplicados a seu favor.

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