Durante a infância as crianças costumavam se divertir de
muitas maneiras, de diversas formas e agora, com alterações comportamentais e
culturais, elas passam a usufruírem, praticamente, de somente duas
alternativas: da interatividade com os celulares e com a comodidade das telas
grandes dos televisores, ambas alternativas oferecendo uma gama enorme de
distração. Para alguns autodidatas essas duas alternativas são consideradas
como “verdadeiras drogas” porque viciam os usuários de tal forma que ficam dominados,
inertes à frente das telas.
Ao considerar tais explanações, conclui-se de que o
problema não está nas crianças de quererem, até de forma dura, absolutista e
impositiva, ficar à frente das telas, mas isso ocorre devido a um problema
cultural e social, sendo que, os pais e mães precisam gastarem seus tempos para
o trabalho afim de suprirem os gastos com a família e acabam deixando seus
filhos à mercê de outros familiares que também não dispõem de tempo integral
para a lida na educação e cuidados dos pequenos, e aí entra então a salvação,
que é justamente deixar as crianças quietinhas focadas nas telas.
A solução, sabe-se, pode ser trágica, com efeitos fortemente
negativos, porque através das telas surgem tipos e estilos de educação que
ferem os conceitos da boa índole e da formação do caráter, mesmo sendo isso
feito de modo implícito, mas que possuem uma força de dissuasão muito superior às
possíveis investidas da família para bem educar as crianças. A disputa de
injetar valores às crianças é muito injusta porque a interatividade com as
telas sempre supera as expectativas e suprime demasiadamente o esforço familiar
gerando uma crise de estafa e atritos quando familiares tentam tirar as crianças
do contato com as telas. Aí as crianças, literalmente, “lutam” e não admitem
essa separação, tornando o ambiente e o relacionamento entre eles, tumultuados,
obrigando às vezes, o uso da força para conseguir dominar os menores.
Fatos revelam que, em muitos casos, o problema se agrava
porque os pais e familiares adultos vivem colados na telinha dos celulares e
das tevês promovendo a curiosidade dos pequenos que procuram descobrir o porquê
dos adultos serem demais envolvidos com as tecnologias e, lógico, também querem
usufruir desse passa tempo atrativo. Se há grande preocupação de os adultos não
saberem discernir o que é bom ou ruim nas telas, quanto mais os menores que são
mais curiosos e vão apertando e tocando todas teclas e ícones que aparecem, sem
a preocupação de perderem algo ou de acrescentar algo ruim, tornando o risco para
eles, maior.
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