A Sociedade dos Jovens

A Sociedade dos Jovens

A responsabilidade pela educação....






É muito normal e nada contraditório para os profissionais da educação, todos aqueles envolvidos com as escolas, explicarem o sucesso escolar como sendo um produto da ação pedagógica, ou seja, resultado positivo do sistema metodológico de ensino, enquanto que, com relação ao fracasso escolar, culparem e repassarem as responsabilidades à outras instâncias que não a escola e a sala de aula. Essa dicotomia, gerando duplo sentido para cada resultado não isenta nenhuma das partes, escola, sociedade e família, pois afinal, numa análise séria, se deduz com clareza de que a escola, a sociedade e a família são na verdade, uma coisa só, que poderia ser denominado por “nós”.
Então, todos que fazem parte do “nós” têm que apresentar uma parcela de participação no sentido de sanar ou pelo menos amenizar o problema, visando a geração de pessoas humanas coerentes com as pretensões e os sonhos de se educar uma geração.
O fracasso escolar não pode ser considerado como sendo um efeito de algum problema individual, pois assim haveria a isenção da responsabilidade de muitos envolvidos, e transferindo a responsabilidade para um só, o “nós” não estaria fazendo cumprir seu papel, que é de cobrar e batalhar para mudar esse quadro negativista.
Não se pode eleger um aluno-problema, um professor incompetente, uma escola deficitária, pais omissos ou uma sociedade alienada, mas pode-se, todos juntos, descobrir e derrubar os obstáculo para se obter o sucesso, e, para se chegar a isso, é preciso em primeiro plano, conscientização de que não é preciso cometer um sério equívoco ético, colocando a culpa num seguimento só. Atribuir a culpa da indisciplina e fracasso escolar aos alunos, seria o mesmo que o médico apontasse como o grande obstáculo da medicina atual as novas doenças, ou então que o advogado considerasse as pessoas, seus clientes, um empecilho para o correto exercício  de sua profissão, por surgirem sempre com novos casos.
Para solucionar, pelo menos em parte esse complexo problema, é preciso repensar os posicionamentos, rever as supostas verdades pelas quais se baseiam as decisões, para enfim, conseguir alterar os rumos e os efeitos do trabalho conjunto – escola, sociedade e família.
A necessidade da disciplina existe e é necessária, não para uso do autoritarismo ou arbitrariedade por parte dos responsáveis pela condição do trabalho escolar, mas, como condição indispensável para que possam desenvolver uma prática pedagógica comprometida com a construção do conhecimento.
A atuação do “nós” significa juntar forças, união através de um ideal e visualização de um futuro condizente com as pretensões e com firmes propósitos de uma vida melhor. Para isso é preciso a participação efetiva da escola, professores e pais. Faltando um desses segmentos, o processo fica furado.

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