Limites e liberdades das crianças: uma análise marca a grande importância que é a presença dos adultos responsáveis e co-responsáveis. Para estudiosos contemporâneos não há uma regra geral para a liberdade das crianças, sendo que pode variar de família para família, de acordo com os costumes de cada uma.
Os limites, normas, regras e liberdades são opções que regem o comportamento e exigem parâmetros. Durante a educação das crianças, uma das piores tarefas dos pais é saber a hora certa para se dizer “não” ou “sim”, pois é preciso saber satisfazer a vontade quando necessária, bem como podar, quando se tratar de procedimentos que complicam ainda mais a tarefa de fazer as crianças entenderem os limites certos. Cada família adota uma regra para educar as crianças que depende inclusive do grau de confiança dos pais, para determinar quando atender ou não a um pedido.
Uma coisa é certa no conceito de educação: tanto a família como a escola exercem o fundamental papel de educar, ensinar e repassar valores às crianças, indicando o que realmente é importante, imperdível e o que é sem importância, descartável, adotando postura de exemplo, inclusive, mostrando as atitudes que devem seguir, e com isso, sem que se perceba, induzindo a criança a construir um comportamento mais maduro e sério com relação às normas e limites.
Por outro lado, os adultos têm que se posicionar de forma segura, cientes de que as crianças também pedem limites, o que lhes proporciona o sentimento de serem amadas, consideradas e reconhecidas no ceio da família, passando a ter seus limites com relação à interferência dos pais. Como exemplo podemos citar o fato de uma criança de oito anos que pede aos pais um computador, e quer ele instalado em seu quarto para uso exclusivo e privativo. Para se safar de uma situação assim, é preciso que seja exposta a realidade para os filhos, sem exageros, mostrando a ele o que pode acontecer caso lhe seja data tanta liberdade, que se reverte automaticamente em responsabilidade, que infelizmente, ainda não podem assumir.
Queira ou não, as crianças precisam de limites, e se sentem melhor quando alguém lhe impõe limites. Não adianta dar uma mesada para o filho se ele não souber dar valor ao dinheiro. Não adianta dar um computador ao filho, se ele só se envolver em programas antiinstrutivos. É preciso saber que toda criança em idade escolar passa a ter uma maior autonomia, que acontece de forma natural, acompanhando seu crescimento mental e físico, na ânsia de se sentir desinfantilizado, atualizado. Só que qualquer liberdade excessiva será prejudicial. Ver tv por muito tempo e ficar ligado no computador por horas são liberdades prejudiciais porque, dentro do processo de crescimento das crianças, é preciso que os estágios aconteçam, que sejam vividos por elas, e não vividos de forma alienadora.
O papel dos pais é saber equilibrar os anseios dos filhos, permitindo somente desejos cabíveis. Não se pode deixar que uma criança escolha a opção de estudar ou não estudar, de fazer ou não suas lições, a hora de dormir ou acordar, se pode ou não dormir na casa de um amiguinho. São comportamentos que devem ser regidos por regras e normas naturais, e os pais precisam ensinar aos filhos, principalmente sabendo dizer o “não” na hora certa e justificando o porquê de tal atitude, através de explicação e bons exemplos.
Os conflitos sobre a educação dos filhos existem, é lógico, porque eles não são exatamente como os pais desejavam, e vêm para o mundo totalmente singulares no seu jeito de ser.
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