A Sociedade dos Jovens

A Sociedade dos Jovens

O jovem, a sociedade e a escola.





O jovem tem que estar preparado para as diversidades, para as coisas sinistras da vida e se posicionar de tal forma que a vida se adapte a ele, da mesma forma que ele procura se adaptar a ela.





Para se trabalhar a inquietude da juventude dentro de sala de aula e sua postura comportamental no seio da sociedade é preciso haver uma grande interação com o seu mundo, numa profundidade suficiente para se conhecer seus anseios, seus dilemas e a sua insegurança perante o que o mundo lhe apresenta: completo suspense e temor.


            O que o jovem expõe é resultado de sua assimilação, resguardando um peneiramento que faz dos fatos, de acordo com sua estratégia de se autoproteger, para se defender e fortalecer nos desafios que sabe que terá de encarar. Por isso está sempre se esquivando das regras para se sentir satisfeito para se sentir o dono de si e da situação, e para isso usa muito a tática de “aparecer”, de se mostrar o “tal” e ser mais extrovertido possível. É lógico que este comportamento não é de todos jovens, mas, principalmente daqueles que veem a necessidade de se autoafirmar perante os outros.

            Tudo isso é consequência da atualidade que prevê condições de sobrevivências inadequadas aos jovens, condições estas que ultrapassam seus limites e dificultam suas atitudes ponderadas, forçando os jovens a serem diferentes, desproporcionais às medidas do normal, pois, para se mostrar interessante a uma garota, o rapaz tem que se mostrar diferente para chamar a atenção, vestindo, usando ou detonando algo que o valorize no seu contexto de vida.

            Aí surgem as brincadeiras consideradas imbecis, inconvenientes e desagradáveis, que os jovens julgam serem as técnicas certas e corretas de aproximação, usadas dentro das salas de aulas. O pior é que isso acontece não só com o relacionamento voltado para conquistas do sexo oposto entre colegas de escola, mas também no relacionamento familiar e social, gerando os conflitos que hoje se julgam normais e que são classificados como “problemas familiares”, problemas comuns e normais à sociedade contemporânea.

As notas dos boletins escolares


    
Teoricamente, o certo seria mudar o modo de avaliar o desempenho dos alunos, mas a história não permitiu ainda essa mudança, que para muitos é ultrapassada.

       Avaliações, trabalhos, exercícios, tarefas extraclasses, comportamento e conceitos. Tudo isso se transforma em “números” nos boletins escolares dos alunos e são as suas metas em estudar para as provas, pesquisar para fazer os trabalhos, concentrar para responder as questões dos exercícios, para planejar um horário para fazer os deveres de casa e em não ultrapassar as barreiras impostas pelas regras e normas, a fim de ter um bom conceito na visão dos professores.
            Esse conjunto de fatores é bastante criticado porque algumas pessoas acham que se trata de um julgamento injusto já que se pode avaliar o aluno por um conceito baseado no seu desenvolvimento, sem o uso de padrões numéricos. Mas, se fosse possível mudar tal tipo de avaliações, isso já teria sido feito. Provavelmente, um novo processo teria evoluído e se alterado, mas no entanto, é mantido esse mesmo método antigo por razões óbvias como o fato de ser o aluno que realiza sua própria avaliação, mesmo que as notas sejam controladas pelos professores.
            Esse sistema de avaliação por valores numéricos é talvez uma das últimas formas de se conseguir levar os alunos a terem o devido interesse por uma superação e avanço nos conhecimentos escolares. Uma maioria significativa de alunos não se interessaria pelos assuntos escolares se não fossem eles julgados e classificados por números que vão de zero a dez, e que geram posições de “status” entre eles. Todos os alunos conscientes almejam um posicionamento melhor nessa escala e lutam para isso, estudando mais e sendo mais participativos.
            Agora, para irem às aulas, já são utilizados outros métodos e esses detalhes ficam por conta da família e, principalmente, dos pais. A escola pode ajudar muito, fazendo do ambiente escolar um atrativo, um ambiente agradável e atraente para os estudantes. Afim de que eles tenham interesse de ir às aulas.