Estamos
vivendo um novo tempo, uma nova época onde a sociedade mudou e temos agora uma
inversão de valores e de papeis, principalmente na família. Temos agora um
exaustivo bombardeamento de informações que temos que absorver. As mulheres
junto com os homens trabalhando fora, o avanço da tecnologia acelerado e o
principal, uma drástica mudança no seio da família e no seu conceito, no seu
jeito de ser, sua formação. A família mudou e está ainda mudando. A criança mudou, os adultos
mudaram, as amizades mudaram, as escolas mudaram... muita coisa mudou, gerando
muita confusão, angústias e expectativas, trazendo consigo o estresse porque o
tempo não da tempo para assimilar tudo.
Com essa confusão toda, os pais
estão oferecendo proteção excessiva aos filhos, invés de desenvolver suas
capacidades para que eles possam vencer os disputados desafios e propostas
impostas pela sociedade. Como os pais estão achando muito difícil essa tarefa complicada
de exercer domínio sobre as crianças, fica a família totalmente desestruturada,
por não encontrar meios, formas, e até mesmo, milagres para conseguir
direcionar os filhos num caminho sem pedras, sem buracos e sem interferências
negativas. Acabam achando que é a escola que tem que educar seus filhos. Mas
sabe-se que a família é que tem que educar seus filhos. A família é a
responsável pela educação e a escola, pela formação de habilidades para que
tenham o conhecimento e competência na vida social, para chegarem à cidadania
plena.
Nessa
época o que se pode fazer pelos filhos é ser consistentes nas diretrizes de sua
formação desde pequenos, elucidando e impondo sempre os limites, tratando de
suas frustrações com seriedade, destinando a eles tarefas diárias para
trabalhar a responsabilidade e uma melhor distribuição e aproveitamento do
tempo, além de uma forma bem regulada quanto ao dinheiro que lhes é dado. Os
filhos são frutos do meio, mas, é na relação familiar que os verdadeiros
valores se formam e se consolidam. De nada adianta os pais darem limites, como
assistir à tevê só em determinadas horas, proibir certos tipos de música,
cobrar respeito ao próximo, exigir que não falem palavrões, se eles próprios na
sua conduta normal burlam as leis e os valores morais que pregam. Suas atitudes
valem mais que mil palavras.
Para os
pais é mais fácil passar a bola, ou, a responsabilidade pelos problemas da
juventude, para o estado, para o governo, ou ainda para a escola, sem assumirem
que são eles, os familiares, que têm de promover ações simples e concretas que
possam realmente ajudar as crianças a assumirem responsabilidades de forma correta,
desde pequenas, fazendo com que ajudem em alguns afazeres da casa e que se
sintam envolvidas com a realidade financeira da família. As crianças que
aprendem ter responsabilidades desde pequenas se saem melhor na escola e na
vida.
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