A Sociedade dos Jovens

A Sociedade dos Jovens

Batendo nas teclas do livro

Se fizermos uma avaliação para descobrir os maiores responsáveis pelo analfabetismo cultural no Brasil diríamos com certeza que é o próprio estado e a sociedade que o compõe, através das indicações de seus representantes, dos governantes. Da mesma forma aplica-se a dedução na questão da pouca leitura feita pelo jovem brasileiro. Isso considerando que uma boa formação da educação didático-pedagógico-cultural deriva da quantidade de leitura em todos seus estágios e níveis de intelectualidade.
A verdade é que uma população com baixa renda não coloca em seu orçamento gastos com livros, pois os livros não fazem parte da cesta básica cultural do brasileiro, o que influencia de maneira segura, na decadência da escolaridade, ou melhor, na pouca escolaridade dos jovens brasileiros.
Nem mesmo os jovens de classe média têm como hábito a prática da leitura, muitas vezes feita de forma obrigatória e tão somente por necessidade escolar, porque, algum dinheiro que a família obtém à mais, e que poderia direcionar para as livrarias, direciona para outros fins, como telefones celulares, TV a cabo e internet. Estão então promovendo de forma até covarde, os concorrentes do livro, que são justamente os celulares, através dos quais os jovens gastam grande parte de seu tempo, além da TV com filmes super interessantes e a internet com Orkut e tudo mais.
Coitado do livro! Menosprezo total à leitura! Viva o fácil, o que está pronto! Infelizmente são as tendências do mundo moderno que misturam a realidade com a virtualidade ao vivo, que evidencia a fatalidade perante os acontecimentos instantâneos sem cobrança de resultados.
Na verdade os compradores significativos de livros estão dentre os 10% mais ricos do Brasil, que já vivem os resultados de terem uma boa leitura, com jovens bens encaminhados e com futuros premeditadamente fadados ao sucesso. Prova também que dentre os fatores de empecilho à compra de livros, está seu alto preço. Para os livros irem parar nas escrivaninhas, teriam que caber primeiro no bolso dos brasileiros. Eles teriam que custar menos de um terço do que custam hoje, ou menos, se pudesse contar com subsídios do governo.
Mas para quem gosta de ler, o jornal independe da data, a notícia não tem partido, toda propaganda tem seu charme, as manchetes tem luzes de neon, o livro não precisa ter todas páginas, a história sempre se transforma... em vida.

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