Parodiando o tema
que está em evidência e muito discutido hoje nas mídias, sobre os prós e
contras da Escola Sem Partido, fica uma enorme preocupação sobre os estudantes
sem política.
O
problema é que dirigentes e imprensas estão focando um ponto de vista muito
mais político do que a própria proposta de se instaurar as escolas sem partido,
visto que a política crua está presente em todos segmentos da sociedade,
inclusive nas salas de aulas entre os próprios alunos e, para se ter uma “escola
sem partido”, é preciso que se coíba a política entre os estudantes, já que um estilo
de política social ali existe, tipo: numa sala de aula há sempre um, dois ou
mais líderes, cada um a seu estilo, cada um representando um partido. Um que conduz
colegas para um bom comportamento e uma consequente conquista de boas notas e
aprovação sem recuperações. Outros líderes se voltam para conquistar seguidores
para o lado das importunações, promovendo situações constrangedoras e prejudiciais
ao andamento das aulas. E isso, é com certeza, política, ou até mesmo quando se
promove eleição ou escolha de líderes de classe.
Tudo
que acontece nas escolas, nas salas de aula, acontece também nos lares, entre
os familiares, onde normalmente existe um que possui as condições financeiras ideais
para proporcionar respeito e liderança perante os outros que se posicionam,
literalmente, como subordinados. Na maioria dos casos, trata-se da imposição
dos pais, e se justifica pela intenção e vontade dos filhos em atingirem a maioridade
e conseguirem seu próprio sustento para não ter que continuar vivendo
subalternamente aos pais, ou àqueles que lhes fornecem sustento.
A
política administrativa de um grupo que compõe o governo de um país funciona do
mesmo jeito e nas mesmas proporções, como em qualquer outro setor social, onde
há sempre um líder a ser seguido, seus seguidores e seus admiradores adeptos às
mesmas ideias, mesmo tendo alguma diferença com relação às posições e
orientações financeiras, já que política se foca mais mesmo nas formas de
pensamentos, ideais, intenções, ambições e projetos pelos quais possam todos, tirar proveito em
causa própria, ou seja, que o objetivo principal e crucial é de que todos do
mesmo grupo saiam ganhando.
Há
ainda, sendo também necessário citar, as políticas de sobrevivências existentes
nas grandes favelas das metrópoles, onde lá também temos uma política partidária
atuante e vigente, bastante forte para confrontar de igual para igual com
outros grupos políticos mais fortes, com evidência das milícias e gangs de
lideranças no tráfego de drogas, que também impõem suas regras, com seguidores
e admiradores, propondo em troca dos apoios, proteção de vários tipos,
incluindo a proteção armada.
Por
isso, pode-se afirmar categoricamente, que não há necessidade ou justificativa
para se discutir tirar ou colocar a política no meio estudantil, ou nas
escolas, pois a política já está lá, arraigada, embutida, infiltrada e manipulada
avidamente pelos jovens estudantes que, mesmo sem taxá-la como política, a praticam
em nome do poder e da satisfação pessoal, o que condiciona viável promoção e
sua efetivação através de uma instrução mais abrangente de seu conceito, de sua
prática e de suas consequências sem que sobressaia repartições, ou partidos.