Tem pais que enxergam claramente a hora de
intervir na educação dos filhos, já outros, não se incomodam e reagem como se
muitos erros fossem normais.
O julgamento das ações de uma
criança ou jovem é efetivamente influenciada por fatores que vão além do lado
moral e afetivo. Quando se trata de “meu filho” a visão e conceito dos atos é
um. Quando se trata de “seu filho” a história é outra. Esse é um posicionamento
comum dos pais ao analisarem o comportamento de uma criança ou jovem, sempre levando
em conta o valor afetivo e o grau de relacionamento existente, e atropelando,
muitas vezes, o conteúdo moral e real dos fatos e acontecimentos.
Essas
tendências analíticas geram resultados que nem sempre são fiéis ao contexto e
desenvolvem-se de forma empírica, envolvendo informações de ambas partes, do
“meu” e do “seu”, passadas e do presente, levando para o futuro mais incertezas
e dúvidas quanto à real verdade, isso porque, há ainda de se levar em conta a avaliação de valores como índole,
caráter e personalidade dos envolvidos, tanto de quem julga, como de quem é
julgado. O fato é que nem todo resultado é aceito ou adotado como solução
viável, pois que, toda discussão decorrente de impasses comportamentais tem
dois lados distintos de pensamentos controversos.
Todavia,
estão certos ambos lados da questão, os que defendem os “meus” com veemência
mesmo estando errados, e aqueles que querem punir os “seus” por considerar incorretas
as atitudes, também, mesmo estando com decisões e definições erradas. É atitude
natural dos pais relevarem alguns tropeços dos filhos, não só na faixa de idade
de criança, mas também já na fase mais madura da adolescência porque sempre
colocam em evidência a “esperança” de que os erros serão superados e
considerados exemplos para futuros acertos. Enquanto isso, as crianças terão
sua formação intelectual baseada em tentativas, em errar e consertar, em
frustrações que se volverão em satisfações e em tristezas que se tornarão
felicidade, se houver uma persistência forte, acompanhada e orientada pelos
pais, que poderão e deverão sempre estar presentes com seus pontos de vistas,
opiniões e conselhos de forma deliberada e sincera.
Há
pais que consideram corretas essas atitudes, já outros, se opõem, ministrando
uma atitude mais rígida e leal, com conselhos, mas também com punições diversas
no intuito de fazer com que a criança realmente enxergue seus erros, e
repare-os, sem utilizar a famosa tática de “passar a mão na cabeça” ou “deixar
para lá” os problemas.
Isto
implica concluir que, talvez os problemas das crianças estejam diretamente
ligados à conduta dos pais.