O novo ano que todos querem, precisaria nascer de novo, sem ligação
umbilical e sem vínculo com o sangue que corre nas veias dos velhos anos.

Novo, seria
se o próximo ano pudesse definir de forma geral o caráter e personalidade de
todas as pessoas afim de se estabelecer uma nova sociedade, baseada não em
alguma religião ou numa política qualquer, mas numa sociedade onde todos,
englobando, mesmo, a todos, pudesse superar o mal do século, que é o “egoísmo”
envolto de invejas, ambições, iniquidades, desavenças, improbidades,
desigualdades, individualidade e, talvez o sentimento mais trágico e causador
de todos esses males sociais, que é a “impunidade”.
O que
poderia realmente propiciar chamar 2017 de novo, seria ele vir cheio de
oportunidades e chances para que se pudesse agir e reagir em favor de uma
realidade menos promíscua e incensurável. Que gerasse novos meios de um ser
humano se safar da pobreza, da fome, da seca e da injustiça social que trata a
todos com indiferença e discriminação, e pior, até agora em 2016, se dizendo
ser uma sociedade que luta pela desigualdade, que luta contra o preconceito e
que vê todos esses problemas diminuindo, ao passo que os números das pesquisas
e registros de apurações dão conta de que o que está havendo é o contrário. Já
não bastasse a própria sociedade se descuidar de si própria, deixando seus integrantes
à deriva, está ela deflagrando a destruição do seu próprio habitat, detonando o
meio ambiente e congestionando os caminhos naturais do processo que chamam de
“auto sustentabilidade”, como se estivesse causando uma “trombose” nas
principais veias do planeta.
O novo ano
teria que ser diferentemente restaurador e gerador de novas medidas de
contenção da infâmia, dos abusos seculares do poder, da impossibilidade de
prosperidade de muitos injustiçados pela sociedade e também gerador de medidas
de contenção para a impunidade. E para isso, seria necessário nascer um novo
ano, sem o continuísmo dos anos passados, um novo ano voltado para uma crença
edificadora e construtiva a tal ponto, que a sociedade se transformasse em um
“conjunto de pessoas”, todas com as mesmas condições de sobrevivência e com as
mesmas chances de evoluírem.
Mesmo que
de forma utópica, mas é o ano que todos gostariam de ver nascer em primeiro de
janeiro, de todos os janeiros, para todas as pessoas, para todas gerações, para
todas raças, para todos credos, menos para o estilo de governança que atua em
todos os países. Que 2017 surja de forma cruel para os vilões, para os
corruptos políticos e sociais, transformando suas mentes e apagando suas
maliciosas vontades, tornando-os então, promovedores dessa nova sociedade que se
almeja ter e ser.