Mesmo contrariados os pais acabam fazendo as vontades dos
filhos, deixando-os decidirem e escolherem tudo, tudo que na verdade deveria
ser estipulado pelos pais, e não pelas crianças.
Uma
das graves mudanças no relacionamento entre pais e filhos é sem dúvida o fato
de se extinguir os limites das crianças e jovens, colocando-as em posições, nas
quais, sentem-se donos do mundo, aflorando o ideal do egocentrismo, que são
elas, as crianças, o centro de todas as atenções, mas, atenções voltadas para
sua autossatisfação. Com isso os pais
satisfazem aos filhos em tudo, incluindo nas preferências e escolhas, nos
posicionamentos e decisões.
Em
decorrência desse tipo de educação vivida em casa, na família, as crianças e
jovens vão para a sociedade com conceitos formados em cima de incorreções que
se transformam em problemas de relacionamento, pois, elas se defrontam com outras
crianças com o mesmo tipo de pensamento egocêntrico de querer, ser e fazer tudo
que acha mais conveniente para si. E aí tem-se as infrações constantes dos
jovens que desrespeitam as normas, regras, tabus, leis e os “Limites Sociais”.
No
rol de amizades, dentre os amigos, tem-se total desrespeito entre eles porque
acham que para ser uma pessoa legal, precisam “zoar” com os outros, precisam
fazer tudo que os outros fazem, ou mais, e ultrapassam os limites vigiados
pelos adultos. Com os colegas estão sempre praticando ou sendo vítimas de
bullying.
Quando
chegam no ambiente escolar, acham que, e estão, sob a proteção dos pais, e agem
como se pudessem fazer tudo o que querem, demonstrando total desrespeito para
com os adultos que lhes cobram o cumprimento das regras, e para com as próprias
regras, e o pior, é que vão para a
escola sem a real noção da importância dos estudos para suas vidas. Os pais
ensinam apenas que eles são obrigados a ir para a escola, mas não justificam
com clareza e eficiência o real motivo de estudar. E essa noção tem que ser
adquirida através dos pais que, hoje, infelizmente, priorizam a estimulação do
lúdico, na intenção de fazer valer a teoria de que “criança tem é que brincar”,
e mesmo as obrigações e deveres mais simples e normais não são cobrados como se
deve. As atividades escolares, por exemplo, como deveres de casa, a criança faz
se ela realmente quiser fazer, pois não há a devida cobrança, isso, por vários
e vários fatores. É plausível pois, parabenizar àqueles pais que mesmo com
todas adversidades, ainda conseguem acompanhar mais de perto a vida dos filhos,
dando-lhes o suporte suficiente para que eles assumam as responsabilidades que,
mesmo sendo menores, têm que ter.