O país vive momentos de contradições onde bandeiras de cores
verdes e bandeiras de cores vermelhas se divergem, gerando um impasse cruel
para se saber quem ou qual está certo.
Para
a imprensa estrangeira está muito difícil entender e compreender o que está
acontecendo com o Brasil, não só com a política, mas principalmente, com o seu
povo. Isso porque na visão focada pelos noticiários, imagens e sons enviados
para o exterior, há uma enorme divergência porque o Brasil sempre foi considerado
um país uníssono, onde todos falam a
mesma língua, e onde mesmo com a grande miscigenação, misturas de raças, é um
país unido, e no entanto, nos dias atuais vem se mostrando um país fragmentado,
dividido.
Enquanto
grupos religiosos diversos promovem campanhas sociais propondo a
conscientização das pessoas em manter o planeta, nossa “Casa Comum” dentro de
um sistema de auto suficiência, induzindo as pessoas a agirem com coerência,
cuidando do meio ambiente e levantando a bandeira verde em favor da natureza,
outras pessoas usam a mesma bandeira em atividades políticas.
Mas o
que chama mais a atenção da imprensa estrangeira é o fato de as cores
representarem dois lados distintos no que se refere o apoio e a oposição ao
governo. Num dia sai às ruas um grupo com bandeiras verdes e amarelas se
opondo, e já no outro dia, grupos com bandeiras vermelhas em apoio, e eles se
perguntam, pois, afinal, de que lado estão os brasileiros? E acabam concluindo
que para os brasileiros, ambos os lados são bons. É bom o lado que protesta
contra a corrupção e é bom o lado que apoia as decisões do governo.
Isso
implica dizer que o Brasil apresenta uma situação contraditória, pois, se
existe um lado bom e o outro ruim, logicamente, independente de qual seja esse
lado, tem que receber apoio maciço da população o lado bom, enquanto que, do
jeito que está, tem-se dois Brasis de ideais diferentes.
Não precisa
ser um analista ou cientista político para saber que toda política aplicada tem
seus reflexos no futuro demonstrando eficiência ou não, promovendo melhoras,
mesmices ou piorando a situação.
Legado
é tudo que uma pessoa deixa de ensinamentos ou diretrizes de vida a fim de
favorecer seus sucessores. Legado é o que uma pessoa deixa quando morre. Pode
ser algo que
favoreça a arte, a política, a religião ou mesmo um melhor padrão de vida para
uma pessoa, por mais simples que seja. Legado é, principalmente, os exemplos a
serem seguidos e copiados. São os ensinamentos e feitos que influenciam e
modificam o modo de ser das pessoas ao seu redor. Madre Tereza de Calcutá, por
exemplo, deixou um legado rico em “misericórdia”, ensinando com seu exemplo de
vida que deve-se, a exemplo de Cristo, amar a todos e doar um pouco de si em
favor dos mais necessitados. Como exemplo mais forte temos o legado de Deus que
foram os “Dez Mandamentos”.
Em se tratando de política, o
conceito de “legado” continua o mesmo, mesmo com diferenças de concepção pelos
afortunados. Por exemplo, tivemos o legado de Dom Pedro I que em sete de
setembro de 1822 protagonizou o “Grito do Ipiranga” deixando e fortalecendo o
sentimento de liberdade aos brasileiros, como Tiradentes. Fora isso, os outros
exemplos de legados políticos ficaram sob a desconfiança geral do povo, em
decorrência dos fatos e ocorrências da política e dos políticos atuais que se
envolvem em um legado de corrupções, um legado nada satisfatório já que o povo
espera de seus representantes mais pudor e honestidade.
Então o legado que ficou dos
mandatos anteriores foi altamente negativo, enquanto o mandato atual, também
com envolvimentos em falcatruas diversas, fortalece as críticas através das
mídias e engrandece os movimentos populares que demonstram decepção e rejeição
à corrupção reinante nos meios políticos, o que, infelizmente, influencia
também negativamente os procedimentos e atitudes dos jovens que estarão mais
alguns dias, exercendo cargos governamentais, e seguindo talvez os exemplos
atuais, já que o problema na esfera política está sendo tratado como se fosse
uma coisa normal, aceitável.
