É comum alguém achar que fala bem e que desenvolve uma
sequência de ideias de forma clara e transparente, só que, para isso usa poucas
palavras da nossa língua, deixando transparecer o seu fraco vocabulário.
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Muitas
pessoas, às vezes, precisam de se contrair e não fazer ou falar o que
gostariam, só por terem medo de errar e cair no ridículo, ou então, de serem
discriminadas de alguma forma por um posicionamento indevido ao falar ou agir.
Portanto, esse problema não é incomum, estando presente em todas as esferas da
comunicação, envolvendo até pessoas com padrão cultural elevado, mas que se
comportam constrangidas quando precisam se expor, quando precisam emitir
opiniões ou sugestões, justamente por temerem o improviso, que deve fazer parte
de qualquer diálogo esclarecido. Um dos principais fatores que provocam essa
situação de constrangimento está no fato de as pessoas não terem em seu
vocabulário, o conhecimento necessário de palavras suficiente para suprir o
ensejo de se comunicarem, de exporem suas idéias e opiniões de forma
convencedora e impositiva quanto à veracidade do tema/assunto em questão. Em
síntese, o que ocorre é que muitos não têm o dom da “oratória”, de falar
expondo suas idéias com firmeza e segurança, e assim se retraem ao perceberem
que para se expressar precisarão de um domínio maior das palavras, pois temem,
inclusive, que possam falar alguma coisa errada e não terem condições de
reparar o mal entendido. É quando temem a premissa de que, a palavra depois que
sai da boca, não tem como voltar. Já dizia isso um velho ditado grego: Há três
coisas que não voltam atrás. A oportunidade quando passa, a flecha quando
atirada e esta, “a palavra depois de proferida/falada”.
“A
ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz
como o são umas poucas palavras boas” - Freud.