A Sociedade dos Jovens

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Alterações ortográficas


Os professores de língua portuguesa estão encarando neste ano letivo de 2012, uma tarefa extra, no sentido de trabalhar junto aos alunos, as novas alterações e mudanças ortográficas na nossa língua portuguesa,que estão entrando em vigor neste ano. Isso acarretará várias atividades extras e exercícios de fixação para que os estudantes comecem desde já a usarem as novas regras, que apesar de tudo, só poderão ser cobradas, em conformidade com o acordo ortográfico firmado pelos países componentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ( oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Dissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ), à partir deste ano de 2.012, quando já deverão estar implantadas nos livros didáticos.
O objetivo desse acordo é de que a nossa língua Portuguesa se torne uma das línguas oficiais da ONU, depois de ser padronizada para que esses oito países falem o mesmo idioma. Para esclarecimento, as novas regras já estão em vigência desde 1º de janeiro, e trarão algumas mudanças. Com relação aos livros didáticos, todos terão que ser revisados para adaptar às novas regras; milhões de professores terão que reaprender a língua; os livros já impressos com as regras antigas, a partir de 2011,  serão incinerados - queimados, e os programadores de softwares já começam a trabalhar para revisão e correção na internet, principalmente nos corretores ortográficos de Português que existem nos programas do Windows (Word). Equipe da OpenOffice já saiu na frente, apresentando seu soft de textos com o corretor atualizado.
Se o objetivo das aulas de língua portuguesa é interar os alunos e ao mesmo tempo condicioná-los para seu uso, então tem sim, que haver o ensino encima de uma exigência ponderada quanto o domínio da língua padrão, porque sabemos, o dialeto regional predominante na linguagem coloquial tem maior poder que a linguagem culta. Através desta perspectiva há de se fazer uma reconsideração e uma maior reflexão quanto a real necessidade da interação dos alunos com a língua culta, sendo que, ela mesma é para os educandos, uma metalinguagem e sempre representará a forma de expressão de maior postura prática.
O que vemos então é o ensino da gramática de maneira forçada, pois em vez de investigarmos as regras e as leis, nós simplesmente as colocamos prontas e acabadas para os alunos, que são obrigados a decorá-las, sem proporcionar a oportunidade de eles perceberem, de forma palpável, como as coisas funcionam, e porque funcionam assim, porque tem que aprender uma forma de falar e escrever, mesmo sabedores que, provavelmente, não irão usá-la.
Tudo isso prova que já estamos numa nova era do ensino, e já não podemos mais evidenciar o ensino da gramática na sala de aula, de forma mecânica, teórica e decoréba - a gramática tradicionalista normativa - mas sim de forma contextualizada num processo de reflexão, que leve os alunos a compreender os fatos linguísticos, encarando a realidade de sua utilização que lhe permitam uma desenvoltura melhor e mais eficiente na questão da oralidade e da própria escrita. É essa a melhor proposta a ser praticada pelos professores de Língua Portuguesa que atuam no Ensino Fundamental e Médio, ministrando aulas e colocando os alunos a par das novas regras ortográficas.
Creiam que já se procura, desde o ano passado, produzir textos adequados às novas regras ortográficas, que pouco serão notadas pelos leigos, como é o caso do acento circunflexo usado nos verbos da terceira conjugação do plural como crêem, dêem, lêem e vêem, que deixa de existir; o desaparecimento do trema (¨) usado nas palavras como lingüiça, por exemplo. Agora se escreve linguiça. Outra mudança que quase não será surpresa é a inclusão oficial das letras k, w e y ao alfabeto, que já são praticamente, de uso normal. Toda essa mudança, que parece muita, são simples modificações que não serão difíceis de adaptação. Os jovens  espertos de hoje assimilarão com tranquilidade essas mudanças.